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terça-feira, 24 de abril de 2018

Até que a luz nos leve

Andando a noite, pela estrada da floresta lúgubre
Eu a vi, perambulando entre as árvores perenes
Meu coração se encheu de alegria e tristeza
Ao ver a beleza daquela alma que jaz nos bosques

Uma dama fantasma tristonha que me encantou
Queria poder toca-la e reconforta-la
De sua própria morte, que a faz penar sem descanso
Mas eu não consigo alcança-la

A luz da Lua ilumina as brumas obscuras, reluzindo-as
Os uivos das criaturas nas charnecas ecoam pela noite
É tão escuro e tão frio, tão morto e tão cortante
Mas eu encontro conforto em seu abraço crepuscular

Não deveria estar falando com fantasmas novamente
Pois eles me dão vontade de morrer
Para eu poder vê-los para sempre
Mas eles sempre se vão com a luz do dia

Mas desta vez eu não quero que você suma de novo
Com o fim desta noite obscura e profunda
Eu irei então me entregar para morte de bom grado
Me jogar nos seus braços e esperar...

...até que a luz nos leve.