Entre o passado morto,
E o pensamento absorto,
Se encontra a chave do sofrimento,
Que se propaga nas áridas areias do tempo.
E o pensamento absorto,
Se encontra a chave do sofrimento,
Que se propaga nas áridas areias do tempo.
Maldito sejas, oh pensamento mórbido!
Que me faz uma escrava da minha própria vontade,
Em suas nuances sensuais, de auto-piedade,
Uma duvida cruel que só legitima a minha obscuridade.
Que me faz uma escrava da minha própria vontade,
Em suas nuances sensuais, de auto-piedade,
Uma duvida cruel que só legitima a minha obscuridade.
Oh pensamento eterno, que me atormenta,
Uma escravidão perene que me orienta,
A grande ilusão da liberdade da minha vontade,
Vontade livre que não passa de uma vil falsidade.
Uma escravidão perene que me orienta,
A grande ilusão da liberdade da minha vontade,
Vontade livre que não passa de uma vil falsidade.
Para viver é preciso morrer.
Morrer em vida e em lágrimas perecer,
Aprender com a inevitável morte,
Que o significado de tal insignificante existência é a arte.
Morrer em vida e em lágrimas perecer,
Aprender com a inevitável morte,
Que o significado de tal insignificante existência é a arte.
Desejos atormentam a minha carne,
Assim como os delírios atormentam a minha mente,
Enquanto eu me afogo num lago profundo de desespero,
Onde as luzes dos reflexos das estrelas brilham em um lampejo.
Assim como os delírios atormentam a minha mente,
Enquanto eu me afogo num lago profundo de desespero,
Onde as luzes dos reflexos das estrelas brilham em um lampejo.
O fogo do meu coração consome a minha alma,
E enquanto eu me entrego a tal paixão,
E enquanto o meu espírito se transforma em cinzas,
A minha vida se esvai, sem ser vivida
E enquanto eu me entrego a tal paixão,
E enquanto o meu espírito se transforma em cinzas,
A minha vida se esvai, sem ser vivida
A dor, floresce como uma rosa negra em meu peito,
Como uma dália obscura que nasce na lua cheia,
E que entre as bétulas negras tem o seu leito,
Me fazendo gemer de prazer e desespero.
Como uma dália obscura que nasce na lua cheia,
E que entre as bétulas negras tem o seu leito,
Me fazendo gemer de prazer e desespero.
Oh, minha deusa da noite, me responda:
Como parar a dor de ser prostituida pela minha própria vontade,
Sendo que ela mais absoluta luxuria, em um véu de castidade,
Sendo que tal vontade escraviza minha liberdade?
Como parar a dor de ser prostituida pela minha própria vontade,
Sendo que ela mais absoluta luxuria, em um véu de castidade,
Sendo que tal vontade escraviza minha liberdade?
Oh, minha nossa senhora das trevas, me diga:
Como viver neste eterno requiem,
Sem em meus sonhos me apegar a ninguém,
Sendo que para isso terei que morrer e não mais ser alguém?
Como viver neste eterno requiem,
Sem em meus sonhos me apegar a ninguém,
Sendo que para isso terei que morrer e não mais ser alguém?
Ou será que é no negro silencio,
Entre todas essas palavras que se encontra,
A resposta tão procurada em meu seio,
Que na morte de mim mesma, teria o seu feito?
Entre todas essas palavras que se encontra,
A resposta tão procurada em meu seio,
Que na morte de mim mesma, teria o seu feito?
Tal silêncio que tem em sua essência,
Como ao contrario de qualquer doença,
Um doce e eterno descanso,
Onde eu repouso ao fim deste pranto.
Como ao contrario de qualquer doença,
Um doce e eterno descanso,
Onde eu repouso ao fim deste pranto.

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